inspirar a essência da inexistência
então, lamber os dedos com gosto
praticar a sanidade da negligência
beijar, com fogo, o teu rosto
vivenciar a juventude do idoso
voar sem tirar os pés do chão
abençoar tudo que é doloroso
e apelidá-lo de tesão
acender a vela de uma chama
protegê-la da parede com o vento
engolir o grito que tanto clama
pelo suspiro de algum lamento
aprender a sustentar o meu supra
vomitar um mantra, cuspir um sutra
iluminar o caminho que eu escureci
repetindo e repetindo: om mani...
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