9.12.08

_começa o fim, mais uma vez

Começa o fim, mais uma vez - fim infinito, fim sem final
Os raios de sol escondidos por trás de nuvens negras
O trovejar dos gritos dos anjos - morrendo, sangrando
Ecoam no vácuo que existe dentro de mim
Não mais corro atrás de você, não mais
Sonhos e desejos tornaram-se pesadelos indecentes e obscenos
Obscuridade proeminente dentro de meu coração
Resgate orgulhoso de uma alma vendida ao próprio cão
Maldito anjo caído que tomou-me sob suas asas de amor e ilusão
Reneguei minhas raízes, deixei tudo para trás
Apodreci por dentro e me tornei oco como uma árvore podre
Caí sobre minhas próprias expectativas, deparei-me comigo mesmo
Encarei de frente um mau que residia dentro de mim - adormecido
Uma besta inescrupulosa e vil, sedenta por sangue e lágrimas
Corroendo as minhas entranhas e sucumbindo-me a uma dor indescritível
É o fim
Mais uma vez é o fim
Clamo aos demônios perturbadores, aos seres pútridos da terra
Que ao fechar os olhos, a imagem maldita de um novo dia não venha me assombrar
Mais uma vez
Em mais um fim