se 'tudo' fosse fácil
'tudo' seria tedioso
e pior que tratar com o 'difícil'
é tratar com o 'nada'
porém isso faz do 'nada'
um 'difícil' maior ainda
mas e o 'tudo' nisso tudo?
virou transformista de vez
estacionou no 'tédio' e pronto
isso não é nada bom
só que o 'bom' nem sempre o é
se for assim o 'bom' ás vezes é 'nada'
e o 'nada' é um 'difícil' maior ainda
será, então, essa razão
de ser tão difícil ser 'bom'?
29.4.09
_ponto de vista
não importa o lado
se o sol vai nascer quadrado
quando outra bomba explodir
mais um corpo jovem vai cair
mas é tudo uma questão
de política e opinião
se a morte aguarda na esquina
é só uma questão de ponto de vista
defenda o seu Estado
mesmo ele não estando ao seu lado
dilacere o seu inimigo
faça mais um coração de mãe ferido
posso não ter sua idade
agradeço por ter outra mentalidade
mas defender essa matança
é atitude de uma criança
mas é tudo uma questão
de orgulho e nação
se é Israel ou Palestina
é só uma questão de ponto de vista
se o sol vai nascer quadrado
quando outra bomba explodir
mais um corpo jovem vai cair
mas é tudo uma questão
de política e opinião
se a morte aguarda na esquina
é só uma questão de ponto de vista
defenda o seu Estado
mesmo ele não estando ao seu lado
dilacere o seu inimigo
faça mais um coração de mãe ferido
posso não ter sua idade
agradeço por ter outra mentalidade
mas defender essa matança
é atitude de uma criança
mas é tudo uma questão
de orgulho e nação
se é Israel ou Palestina
é só uma questão de ponto de vista
28.4.09
_maré embriagada
me forçaram a ser alguém
alguém que eu não quis ser
eu perdi a minha infância
na maré embriagada da ânsia
se abri a boca para expressar
rogaram-me montes de maldições
se calei meus pensamentos
me trancafiaram nas piores condições
(coma da minha carne
beba da minha urina
caminhe dentro da sua doutrina
desencarne e reencarne)
estuprou os meus sonhos
como se fossem belos anjos
regozijou de prazer enfadonho
sobre a carcaça que esbanjo
sentiu meu sangue em suas mãos
encarou o meu olhar sem vida
jogou suas preces contra o chão
minha alma não foi absolvida
achou que era deus e eu adão
você me tornou o que eu sou
voltei para retribuir sua ingratidão
não se pode matar o que não criou
alguém que eu não quis ser
eu perdi a minha infância
na maré embriagada da ânsia
se abri a boca para expressar
rogaram-me montes de maldições
se calei meus pensamentos
me trancafiaram nas piores condições
(coma da minha carne
beba da minha urina
caminhe dentro da sua doutrina
desencarne e reencarne)
estuprou os meus sonhos
como se fossem belos anjos
regozijou de prazer enfadonho
sobre a carcaça que esbanjo
sentiu meu sangue em suas mãos
encarou o meu olhar sem vida
jogou suas preces contra o chão
minha alma não foi absolvida
achou que era deus e eu adão
você me tornou o que eu sou
voltei para retribuir sua ingratidão
não se pode matar o que não criou
_supra (da) realidade
inspirar a essência da inexistência
então, lamber os dedos com gosto
praticar a sanidade da negligência
beijar, com fogo, o teu rosto
vivenciar a juventude do idoso
voar sem tirar os pés do chão
abençoar tudo que é doloroso
e apelidá-lo de tesão
acender a vela de uma chama
protegê-la da parede com o vento
engolir o grito que tanto clama
pelo suspiro de algum lamento
aprender a sustentar o meu supra
vomitar um mantra, cuspir um sutra
iluminar o caminho que eu escureci
repetindo e repetindo: om mani...
então, lamber os dedos com gosto
praticar a sanidade da negligência
beijar, com fogo, o teu rosto
vivenciar a juventude do idoso
voar sem tirar os pés do chão
abençoar tudo que é doloroso
e apelidá-lo de tesão
acender a vela de uma chama
protegê-la da parede com o vento
engolir o grito que tanto clama
pelo suspiro de algum lamento
aprender a sustentar o meu supra
vomitar um mantra, cuspir um sutra
iluminar o caminho que eu escureci
repetindo e repetindo: om mani...
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