23.12.09

_ éramos velhos rabugentos

éramos...
os maiores chegados dalí.
amigos unidos pela boemia
munidos até os dentes
de muita bebida

hoje...
cada um está em outra.
uns na cova outros a solta
buscando algum bar aberto
pra ficar a toa

nós vivemos pouco,
mas vivemos como queremos;
era o que diziamos naqueles anos atrás.
ninguém vai dizer o que nós faremos
da velha guarda ninguém tira proveito
sempre com bala na agulha
impondo o respeito, então
escuta, meu rapaz,
não lhe suporto mais
não pedi sua opinião.

atuais...
transformam heróis em cafonas
determinam quais são as boas
nos largam lá no passado
sendo os quadrados

_ 'eu odeio o quanto lhe amo'

estive com ela hoje, meu amigo
gostaria de não ter que lhe contar
as palavras que a boca dela escreveu
e carimbou na minha cabeça, pra você

sim, ela lhe ama como diz
talvez até mais que possa suportar
e não vai ser fácil compreender
o que ela disse pra dizer pra você

'eu odeio o quanto lhe amo'
suspirados na minha frente a pouco
com toda a honestidade delicada dela
ficou alí em prantos, com suas mazelas

não pense em superar tudo isso
a notícia ainda não fez todo sentido
mais um sorriso que lhe arranco do rosto
mas devo lhe contar tudo com desgosto

'eu odeio o quanto lhe amo'
foram palavras que me pegaram de jeito
com toda intensidade delicada dela
estava alí chorando, beijando minha boca

fui mal amigo e me deixei levar por pouco
não tenho notícias suas até esse dia
só uma carta que me escreveu, dizendo:
'eu odeio o quanto lhe amo'

20.12.09

_ boas festas

o natal é uma enganação
deus é papai noel
e papai noel não exite,
não!

o natal é uma enganação
deus é papai noel
e papai noel não exite,
não!


o natal é uma enganação
deus é papai noel
e papai noel não exite,
não!

13.12.09

_ viajo porque preciso, volto porque te amo

o aeroporto estava lotado de pessoas
mas para mim eramos só eu e você

de todas as marcas em meu corpo
seu nome eu tatuei no coração

nos beijamos antes de dizer adeus
sorrimos, mas sorrimos aos prantos

e ainda ouço aquelas palavras:
viajo porque preciso, volto porque te amo

ao menos é até logo e não adeus
mas meus braços vazios permanecem frios

nos beijamos antes de dizer 'te amo'
choramos, mas choramos aos risos

e ainda ouço aquelas palavras:
viajo porque preciso, volto porque te amo

e eu estarei aqui, esperando, repetindo:
volte logo, porque eu também te amo