na minha casa não tem nada
só a geladeira barulhenta
uma gata espreguiçadeira
que teima em me perceguir
na tela do computador
a esperança de um sonhador
navegando por tantas páginas
fechando janelas cheias de nádegas
e tantos livros que eu já li
cheios de histórias que eu já vivi
só peço que você entenda
vou matar o tédio antes que adormeça
sonharei com a minha fazenda
mesmo sendo só coisa da minha cabeça
na minha TV não tem nada
só o político barulhento
a mentira vestida de rampeira
que teima em ficar no ar
na varanda daqui de casa
uma caixa de areia a limpar
o cheiro de desistência por todo lugar
com a cortina fechada para te enganar
e tantos pensamentos que já ví
cheios de vida já que nunca morri
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24.9.09
8.6.09
_ domingo, de novo
eu te digo:
hoje é domingo,
mas o fora ontem
e amanhã 'será'(?)
paciência de dominó
aguentando o 'para sempre'
o pasmo momento
cheio de dó
quase um dom
a inexistência temporal
travado num instante
infelizmente, domingo
comigo foi,
é e será, assim
domingo-feira todo dia
toda semana domingando
motorista domingueiro
futebol dominguista
domingo domingado
televisão, ainda mais televisiva
sétimo dia, o último
momento de descanso
nem deus aguenta domingo
ele está lá, dormindo
eu aqui, vivendo
um domingo de cada vez
domingo ontem, domingo hoje
domingo amanhã, talvez...
hoje é domingo,
mas o fora ontem
e amanhã 'será'(?)
paciência de dominó
aguentando o 'para sempre'
o pasmo momento
cheio de dó
quase um dom
a inexistência temporal
travado num instante
infelizmente, domingo
comigo foi,
é e será, assim
domingo-feira todo dia
toda semana domingando
motorista domingueiro
futebol dominguista
domingo domingado
televisão, ainda mais televisiva
sétimo dia, o último
momento de descanso
nem deus aguenta domingo
ele está lá, dormindo
eu aqui, vivendo
um domingo de cada vez
domingo ontem, domingo hoje
domingo amanhã, talvez...
17.11.08
_hoje é domingo
da janela da sala eu vejo
o andar do mundo devagar
um casal enganchado num beijo
o dia vai demorar a passar
nas ruas os rastros dos pés
dos boêmios aventureiros
o relógio ainda marca nove e dez
nem se escutam os berreiros
dos bebês deixados para trás
por mães jovens e confusas
o silêncio desconhecido no Brás
um jardineiro sem família podando as mudas
até tirei a TV da tomada
evitando o risco dela ligar
a mídia de domingo é amarga
ela ainda vai me matar
passa a brisa do vento
os passos indo e vindo
só não passa o tempo
hoje é domingo
hoje é
domingo
o andar do mundo devagar
um casal enganchado num beijo
o dia vai demorar a passar
nas ruas os rastros dos pés
dos boêmios aventureiros
o relógio ainda marca nove e dez
nem se escutam os berreiros
dos bebês deixados para trás
por mães jovens e confusas
o silêncio desconhecido no Brás
um jardineiro sem família podando as mudas
até tirei a TV da tomada
evitando o risco dela ligar
a mídia de domingo é amarga
ela ainda vai me matar
passa a brisa do vento
os passos indo e vindo
só não passa o tempo
hoje é domingo
hoje é
domingo
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